Esta frase foi bem marcante neste fim de semana. Durante a aula de pós-graduação com a querida professora Janice, entre os vários temas para reflexão, este foi o que mais me chamou a atenção. As artes aprimoram nossa sensibilidade e também necessitam de nossa sensibilidade prévia para ser apreciada. Não sei o que vem primeiro.
Acredito que sensibilidade na vida é tudo. Às vezes nos falta um pouco, às vezes sobra (nós mulheres sabemos muito bem disso...)
Como treinar nossa sensibilidade? Eu uso minha atenção. O foco no objeto em questão (um livro, uma música, um filme, uma tela...). Despositando nossa atenção nos detalhes, na forma em que as coisas foram pensadas, descobertas, explicadas, desveladas, reveladas, escondidas, enfim. Aos poucos começamos a enxergar melhor certas coisas.
Mas sem a atenção não dá.
Passar despercebido pelas coisas, pelas paisagens, pelas pessoas, pelos sons, pelos cheiros, pelas flores é tudo que fazem as pessoas neste contexto de mundo em que vivemos. Mas com certeza estão sempre atentas para "bons negócios", "oportunidades de mercado", farejando o dinheiro. Se entorpecem em prazeres que exigem muito pouca sensibilidade. Bebem até esquecer, perdem o foco, a atenção, não percebem muito mais do que o óbvio.
Também falamos em "fruição". Sabe o quê é isso? eu não sabia da existência desta palavra, mas entendi muito bem seu significado. Fruição é basicamente aquele prazer que sentimos quando lemos um bom livro ou vemos um bom filme por exemplo. Quando sentimos nossa mente se expandindo. Uma busca que nunca chega ao fim.
Para que serveria isto? em termos práticos eu diria que para vivermos melhor. Para sermos mais felizes, para entendermos as coisas com mais clareza, para ampliarmos nossa visão. "Visão além do alcance" lembra? quem nunca pensou em ter algum tipo de super-poder? Eu na verdade sempre achei legal poder ser invisível...
